quinta-feira, 21 de abril de 2011

Domingo, 27 de março de 2011 - A versão dele

Bem... Vou dizer o quê? Contar vantagem como muito homem, dizer que "peguei" a mais "popular da turma"? HAHAHA!!! Vou dizer que... Devo estar me apaixonando, se já não o estiver realmente. Em tantos anos, tantos países, tantas mulheres... E justo ela! Mas também, eu devia ter pensado no óbvio, no primeiro dia em que a vi e que a levei de táxi para sua casa. Foi irresistível o impulso de possuí-la, ali mesmo, no táxi. Mas não só o pai dela me mataria - se estivesse vivo - como eu não tive coragem!

Eu deveria ter imaginado que terminaria assim! Eu, apaixonado! E ela é tão... tão... O meu oposto! Princesinha mimada, cheia de amigos, de hábitos simples e caros, é isso o que ela é. E eu, cafajeste - como fui chamado toda a vida! - de atos heróicos e solitário. Como toda boa história de romance que se conta por ai... é esse o resultado! O vilão apaixonado pela mocinha! Se ela soubesse a verdade, me afastaria. Bem, não tenho certeza!

Engraçado como fazemos parte da vida um do outro de forma tão essencial. Não me imagino sem ela, e sei que ela não se imagina sem mim. A Lorena, melhor amiga dela, tem sido ótima! Só não sei se seu pai aprovaria o tipo de relação que estamos tendo... é maior do que poderíamos imaginar! Prometi cuidar dela, mas não prometi que não iria me apaixonar!

Paixão que acredito ser reciproca e que foi consumada. O que mais poderiamos fazer? Quando estávamos no meu carro e eu a levava para a casa, estávamos alterados pela bebida e isso criou o clima que nos trouxe à minha casa... Não achei que ela fosse deixar que eu a beijasse no estacionamento... mas... Ela tem um pescoço delicioso, uma boca irresistível e... Bem, eu não pude me controlar e foi muito surpreendente que ela correspondesse às minhas carícias no estacionamento! De qualquer forma a traria para conhecer meu apartamento, mas eu não estava preparado! Não para aquela noite após o St. Patrick's!

Arrisquei. Levei-a para a minha casa, nos beijamos no estacionamento do prédio, e a insegurança se apoderou de mim quando peguei na mão dela e a conduzi até o elevador. A insegurança e o medo do que iria acontecer. Embora - devo dizer - nunca tive problemas com mulheres, era a primeira vez que eu me sentia nervoso, inseguro e com medo de estragar nossa noite. Não sei porque. Talvez por estar apaixonado... quem sabe?

Assim que entramos no apartamento, o Bruxus, sonolento veio nos receber. Ela o reconheceu de imediato e ficou muito feliz por tê-lo reencontrado! Era meu Husky, preto, gigantesco de olho azul que por um tempo, enquanto eu viajei, cuidou dela para mim. Ele logo se retirou e foi dormir em um canto, atrás de um dos sofás. Mostrei o apartamento todo a ela e achei muito curioso ela ter se "apaixonado" pela minha cozinha! Servi um vinho italiano a nós dois, uma receita da época de César, e me apoiei na pia enquanto ela estava parada na minha frente e conversávamos. Era possivel ver a lua cheia da janela da cozinha, então propus apagar a luz e deixar só o brilho da lua iluminar o ambiente. Arrisquei na idéia. E ela topou com um sorriso e um olhar um tanto... provocantes! Foi a melhor idéia que eu tive!

A lua cumpriu bem o seu papel, e o ambiente ficou jogado às sombras, em um jogo de luz convidativo e sedutor que contrastava bem com os móveis pretos. Ela estava apoiada na pia ao meu lado, e enquanto conversávamos eu pude ouvir quando ela apoiou sua taça vazia no granito. Segui o seu exemplo e apoiei a minha também. Segurei uma de suas mãos, e me virei para ficar de frente para ela. Com a outra mão acariciei seu rosto e seu pescoço. Mesmo tendo tudo para "dar certo", eu ainda estava inseguro.

Meu coração bateu mais rápido quando ela soltou minha mão e me puxou pela camisa. Meu Deus! Ela me puxou devagar, e assim que ficamos bem próximos, deslizou suas mãos pelo meu peito, pela minha barriga e me envolveu em um abraço. Ela estava quente, bem quente. Eu podia ver o brilho em seus olhos, e estavam em um tom de azul que eu nunca tinha visto! Segurei-a pela cintura, e bem devagar comecei a beijá-la. Me perdi na sensação de beijar sua boca e seu pescoço. Faminto, comecei a intercalar beijos com leves mordidas, e senti meu sucesso tanto pelo calor que me consumia como pelo fato de que ela tinha desabotoado e tirado minha camisa.

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