Andando pela rua durante a manhã, a caminho do trabalho, eu já estava pensando em ir para casa. Eu já estava imaginando o meu retorno ao meu novo apartamento que eu estava amando decorar, pois era quase uma terapia. Eu estava chegando no metrô quando o vi.
Cerca de 1,85m. Cabelos curtos e pretos, num comprimento perfeito para se puxar. Corpo magro, mas não muito - um pouco forte eu diria. Pele clara, um rosto marcante, perfeito. Não tinha barba, possuia lábios finos e olhos azuis - incrivelmente azuis. Seu jeito de andar chamava a atenção. Ele era interessante, um homem charmoso e incrivelmente sedutor. Usava terno preto, e por baixo uma camisa de cor vinho, quase sangue.
Caim passou do meu lado, sorriu para mim me cumprimentando, mas continuou a andar. Eu, por outro lado, fiquei tão aturdida com essa visão que fiquei parada na calçada, como que admirando o vazio. Olhei para trás, e ele olhou também fazendo um aceno com o braço, o qual retribui. Ele percebeu meu embaraço, e pela segunda vez, enrubesci pensando nele.
Não poderia ser o mesmo motorista de táxi que eu só tinha visto - até então - duas vezes na minha vida, mas que já fazia parte dela como se nos conhecessemos há séculos.
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